Sófia, 24 out (EFE).- A Promotoria da cidade de Kazanlak, na Bulgária, abriu uma investigação sobre a venda de uma menina na Grécia que poderia ser Maria, a criança loira e de olhos verdes que foi encontrada em um acampamento cigano no país mediterrâneo. "A investigação foi aberta após uma verificação relacionada com a descoberta de uma criança do sexo feminino de nome Maria na Grécia", declarou à Agência Efe uma porta-voz da promotoria, quem apontou uma cidadã búlgara como a suposta mãe e vendedora da pequena. A Promotoria de Kazanlak acrescentou que, como parte da investigação, já realizou um pedido de teste de DNA, interrogaram testemunhas e pediram consultas às autoridades fronteiriças de ambos os países sobre o trânsito dos supostos pais da menor. O Ministério do Interior confirmou à Efe que o casal búlgaro de etnia cigana interrogado hoje em Kazanlak pode ser os pais de Maria. "Ambas as pessoas residiram durante algum tempo na Grécia e trabalharam na região de Patras. Ali, a cidadã búlgara deu à luz a uma menina. Mais tarde, a mãe voltou à Bulgária e deixou sua filha com as pessoas para quem trabalhava", explicou o secretário-geral de Interior, Svetlozar Lazarov. Segundo este responsável, durante o interrogatório de hoje, a mulher afirmou que estava vendo a televisão ontem e reconheceu o casal com quem tinha deixado sua filha. Além disso, a mulher insistiu que Maria se parece muito com seus outros filhos. Lazarov também anunciou que, em breve, será feito um exame de DNA dos supostos pais com os dados genéticos apresentados pelas autoridades gregas. As duas pessoas interrogadas hoje foram identificadas pela imprensa búlgara como Atanas e Sashka Rusevi, residentes em um povoado da Bulgária Central e pais de entre oito e dez crianças, a metade delas loiras e de pele clara. Neste momento, nenhum dos dois se encontra detido, embora a promotoria tenha assinalado que a investigação se refere a um crime de venda de bebês tipificado no Código Penal búlgaro. EFE vp-as/fk
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