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MK ULTRA: o projeto secreto que tentou dominar a mente com drogas

Em 1975, integrantes do Congresso dos Estados Unidos começaram a ouvir, horrorizados, testemunhos de participantes de um ainda desconhecido programa secreto de controle da mente empreendido pela CIA, principal serviço de inteligência do país. Era o MK ULTRA, uma série de estudos e experimentos envolvendo drogas psicoativas, técnicas de tortura, hipnose ferramentas médicas para tentar obter informações sem a possibilidade de mentira por parte da vítima

Segundo os dados mais confiáveis, o MK ULTRA surgiu no início dos anos 50 e durou algo em torno de 20 anos. Alguns dados indicam um início em 1953 e finalização oficial em 1973

Acredita-se que o embrião do MK ULTRA envolva experiências durante a Guerra da Coreia, onde agentes especiais americanos afirmavam que comunistas lutavam "como se tivessem sofrido lavagem cerebral"

Rumores da da época indicavam que russos estariam usando LSD para tornar pessoas mais aceitáveis à ideologia comunista

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Como contrapartida, o então diretor da CIA Allen Dulles lançou o MK ULTRA, para fazer o mesmo

O nome MK ULTRA é genérico, pelo projeto de pesquisa ser vastíssimo. Envolveram 149 técnicas separadas, com experimentos em 80 instituições

As instituições eram universidades, prisões, hospitais e empresas farmacêuticas

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A ideia inicial do projeto era o desenvolvimento de drogas de alteração mental, como apagões de memória, amnésia, esquizofrenia, destruição do ego, impossibilidade de dizer mentiras, entre outros

Além de drogas, outras técnicas que podem ser classificadas apenas como tortura foram utilizadas

Choques elétricos, luzes nos olhos, privação do sono e comida, temperaturas extremas, afogamento, compressão com pesos, isolamento cognitivo, escravidão, entre vários outros

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A ideia era quebrar a resistência de quem fosse interrogado com torturas e drogas alteradoras da consciência

Até crianças foram utilizadas pelo programa, especialmente filhos de pacientes psiquiátricos ou prostitutas. Na imagem, uma garotinha identificada posteriormente como Ellen Atkin, que só lembrou de sua participação quando viu as fotos de divulgação anos depois

Várias das vítimas utilizadas como cobaias não eram voluntárias e ficaram com sequelas irremediáveis, como a perda de controle de movimentos do intestino ou problemas de memória

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O programa MK ULTRA era clandestino, e a CIA utilizava a independência que tinha para levantar fundos e esconder os relatórios de autoridades de controle do governo

A grana vinha de forma indireta, como através da Fundação Rockefeller, que na fachada financiava pesquisas de saúde por todos os Estados Unidos

(Na imagem, a série Stranger Things, que referenciou indiretamente o projeto)

Até estudantes foram usados sem consentimento no projeto. Em um grupo de estudos em Harvard, iniciado em 1959, o psicólogo Henry Murray submeteu universitários a tratamentos desumanos com o objetivo de "gerar o máximo possível de angústia"

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Uma das cobaias foi nada menos que Ted Kaczynski, que mais tarde se tornou mundialmente conhecido como Unabomber

Em 1975, no auge da desconfiança pública dos americanos com o próprio governo, um reflexo do Escândalo Watergate, o MK ULTRA entrou no radar

Congressistas iniciaram um processo de investigação que envolveu diversos departamentos da CIA

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Dois anos antes, no entanto, diretores da agência ordenaram a destruição de documentos sobre técnicas e resultados utilizados no projeto

Como consequência, todos os detalhes do programa foram obtidos por confissão de agentes e vítimas do MK ULTRA. Os documentos restantes incluíam apenas registros de lavagem de dinheiro para financiar a iniciativa

Em 1975, uma série de comissões do Congresso investigaram o programa e muitos envolvidos nele admitiram que a iniciativa era sequer científica e que a instituição nunca esteve perto de seus objetivos. Até o momento, grande parte do material envolvendo o projeto permanece secreta.

Algumas das técnicas desenvolvidas no MK ULTRA se tornaram os Manuais KUBARK, que compilavam técnicas de tortura utilizadas na Escola das Américas (que ensinou ditadores latino-americanos a quebrar a resistência de opositores) e em prisões como Abu Ghraib e Guantánamo

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