Popcash

Rota do medo! Grupo faz parkour em Chernobyl e conta a experiência

Chernobyl talvez seja a região mais misteriosa e assustadora do planeta. Tema de jogos de terror (S.T.A.L.K.E.R.) e histórias onde o pesadelo adentra o real, o local se tornou um símbolo do impacto humano sobre a Natureza — a estimativa é que a região fique inabitável por 40 mil anos.

Mas o coletivo de parkour Hit the Road, formado por quatro jovens parisienses, encarou o desafio e andou pela terra devastada da cidade ucraniana e contou a experiência ao HORA 7

O grupo foi fundado em 2012 e é formado por Clément Dumais, Nico Mathieux, Paul RBD e Leo Urban. A visita a Chernobyl, feita em 2015, foi considerado um dos grandes desafios do grupo, após escalar a Torre Eiffel. O feito ainda hoje repercute na comunidade de aventureiros urbanos

"Não sabíamos o que esperar quando fomos a Chernobyl", disse Leo no vídeo que o grupo fez sobre a aventura

O "passeio" começou em Kiev, capital da Ucrânia, onde eles encontraram um explorador urbano local que já havia ido a Chernobyl três ou quatro vezes

LEIA TAMBÉM: Sonho americano: mulher entra na faca para parecer filha de Trump

Um guia local é necessário porque há um risco duplo em Chernobyl: ser preso e condenado a prisão ou trabalhos forçados, e o risco de morrer por envenenamento por radiação

Em Kiev eles encontraram um bunker abandonado, que foi tema de outro vídeo do grupo. Lá eles acharam máscaras e trajes feitos para resistir ataques nucleares, o maior medo de quem viveu na Guerra Fria

"O guia já havia estado em Chernobyl e conhecia a localização dos postos policiais e como desviar deles. Além de conhecer as áreas com maior radiação", contou Paul

VEJA ISSO: Final trágico: ex-boxeador 'vai a nocaute' em concurso de comer

Ser pego na região proibida — chamada de Zona, romances e games situados lá — garante uma prisão sem julgamento

O grupo correu muitos riscos, pela necessidade de fazer grande parte do percurso a pé, com um mínimo de proteção

"Algumas plantas tinham 14 vezes mais radiação que o limite de segurança. Ficamos muito assustados", afirmou

VALE SEU CLIQUE: Mulher de 94 anos recebe 74 picadas de vespas: 'Doeu como o inferno'

Chernobyl por si só foi um desafio, pela necessidade do grupo estar sempre alerta e ter que andar muito

"Não fizemos muito parkour, chegamos lá muito cansados após tanto andar", afirmou Leo

"Em alguns momentos só queríamos voltar para casa", ressalta

VAI PERDER? Aracnídeo bizarro com cara de cachorro é encontrado na Amazônia

Um detalhes que mais impressionou o grupo foi como Pripyat, a cidade a cinco quilômetros de Chernobyl, que foi evacuada logo após o acidente, permanece parada no tempo

"Foi como pisar novamente na União Soviética dos anos 80", ressalta Nico

Tudo está parado, com vestígios do comunismo por toda parte

OLHA ISSO: O jogo virou! Viatura é multada por estacionar em vaga proibida

"Prypiat está congelada no tempo, sua decadência é maior apenas que sua glória passada", escreve o grupo no diário de bordo da viagem 

(Você pode ler toda a aventura no site oficial do Hit the Road: https://bit.ly/2z0iJnB)

O resultado são imagens como essa: assustadoras e solitárias

Onde a mão do homem deixou para trás muitos rastros

LEIA TAMBÉM: Funcionários bebem urina e levam cintadas por não atingirem meta

Durante as caminhadas, um dos integrantes do grupo cortou a mão, o que deixou todos aflitos. Tudo porque objetos no chão acumulam radiação

Também não é permitido pescar e comer animais da região, porque todos eles também acumulam radiação ao longo do tempo

O grupo conta que sentiu medo o tempo inteiro, em muitos locais a vegetação foi classificada como "impenetrável"

VEJA MAIS: Vovó fortona consegue entortar ferro e rasgar listas telefônicas

Além disso, existia o risco de esbarrar em locais carregados de radiação, que poderiam penetrar as roupas e causar infecções

Havia também a dificuldade de conseguir água, aguentar as dores e ainda escapar dos cachorros de postos policiais

LEIA ISSO: Focinho a prêmio! Máfia italiana quer fim de Pocho, um cão farejador

Tudo porque os lagos locais estão cheios de poças contaminadas e é preciso fazer medições

Após três dias de explorações, riscos e choques com o local, o grupo finalmente toma um ônibus de volta para Kiev, onde dorme todo o percurso

NÃO VÁ EMBORA AINDA: Fotos mostram que levar os filhos ao mercado nunca é uma boa ideia

Postar um comentário

0 Comentários