Também conhecidos como defensivos agrícolas ou pesticidas, os agrotóxicos são produtos químicos. Logo, são utilizados por produtores na contenção de doenças e pragas que podem surgir nas plantações e lavouras.
Assim, o uso desses produtos pode garantir o bom cultivo e aproveitamento dos alimentos. Porém, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o uso exagerado causar impactos ambientes e riscos à saúde.
Aliás, o uso dos agrotóxicos pode ser observado em diferentes lugares, como florestas e ambientes urbanos. Porém, o uso mais frequente ocorre em lavouras e pastagens.
Portanto, a utilização dos agrotóxicos é vista como uma forma de controlar e combater pragas e doenças que podem comprometer a plantação. Sobretudo, o produto químico age garantindo, de certa forma, a qualidade de produção do plantio.
Os agrotóxicos, aliás, podem ser classificados obedecendo à três ordens: a natureza da praga, grupo químico e os riscos que causam no ambientes e à saúde.
Sendo assim, os pesticidas disponíveis no combate de pragas são classificados em:
inseticidas – responsáveis por combater insetos; herbicidas – agem contra as ervas daninhas; fumigantes – combatem bactérias no solo; fungicidas – responsáveis por eliminar fungos raticidas – previnem o surgimento de roedores.Em relação à saúde os pesticidas, recebem classificação de acordo com a toxidade. Ou seja, o grau de letalidade de cada produto químico é identificado por cores.
Ademais, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), classifica esses produtos em quatro classes. Observe:
Classe I – extremamente tóxico e altamente perigoso para o meio ambiente; Classe II – altamente tóxico e muito perigoso para o meio ambiente; Classe III- mediamente tóxico e perigoso ao meio ambiente; Classe IV – pouco tóxico e pouco perigoso ao meio ambiente. Redação do Enem 2019 – Possíveis temas do ano + dicas de redação × Como surgiram?O uso do agrotóxico foi usado, inicialmente, como arma química, durante a Segunda Gerra Mundial. Contudo, após a guerra, o produto começou a ser utilizado por empresas e produtores no combate à pragas e doenças.
Dessa forma, o uso desse produto que altera as composições de fauna e flora foi se revolucionando com o passar dos anos. Assim, com a chamada Revolução Verde, o agrotóxico passou por mudanças, evoluindo junto à pesquisas sobre sementes e a utilização de máquinas no campo.
O uso desses produtos químicos no Brasil é preocupante, sendo a produção de soja, cana-de-açúcar, milho e algodão as que mais utilizam os pesticidas.
Assim, além de serem responsáveis por controlar determinado tipo de praga ou doença, os agrotóxicos atingem também outras espécies, como as abelhas, minhocas e os seres humanos trazendo perigos à saúde. Com isso, a utilização excessiva desses produtos pode contaminar o solo e água, além de intoxicar animais.
Agrotóxicos e saúdeA Organização Mundial da Saúde aponta algumas doenças como sendo causadas pelo uso exagerado dos agrotóxicos, sendo muito comum a intoxicação por meio dos alimentos. Assim, arritmias cardíacas, alergias respiratórias são alguns exemplos de doença.
A intoxicação pelo uso dos pesticidas podem ocorrer de duas maneiras: indireta e diretamente. Ou seja, a intoxicação indireta ocorre ao ingerir água ou alimentos contaminados. Já a intoxicação direta ocorre em pessoas que manuseiam o produto, que fazem a aplicação e etc.
Dessa forma, os tipos mais comuns de intoxicação por agrotóxicos são: aguda e crônica. Logo, a intoxicação é prejudicial e pode ser fatal, sendo 45,9% das doenças no mundo causadas pelo uso dos pesticidas.
A intoxicação por agrotóxico pode causar sintomas como:
Tonturas, tremores, convulsões, demasio e coma; Dificuldade respiratórias; Cólica abdominais, náuseas e vômitos; Lesões hepáticas; Em mulheres grávidas podem levar ao aborto e à má formação congênita; Lesões cerebrais e tumores; Irritação nos olhos; Irritação no nariz e garganta.Os pesticidas, portanto, evitam pragas e doenças e como resultado se tem uma lavoura com produtos perfeitos e prontos para serem comercializados. Porém, o que não pode ser enxergado a olho nu é justamente o que causa intoxicação.
Dessa forma, frutas e vegetais disponíveis em grandes mercados possivelmente passaram pelos agrotóxicos. Portanto, o organofosforados (acaricidas, fungicidas, bactericidas e inseticidas, entre outros) são os mais comuns de serem encontrados nesses tipos de alimento.
Assim, de acordo com um estudo realizado pela Anvisa, a ingestão de alimentos contaminados pelos organofosforados causam o comprometimento do sistema nervoso e provocam problemas cardiorrespiratórios.
Uma solução para o problema, inclusive, seria a utilização em maior escala de produtos orgânicos. Ou seja, alimentos que são cultivados sem o uso de agrotóxicos e sim, com adubos orgânicos.
Assim, outras formas de evitar o uso dos pesticidas é investir em práticas alternativas como a policultura, remoção de plantas daninhas e etc, além da agricultura orgânica. Logo, essas medidas podem propiciar melhores condições de vida para produtores e consumidores, além de serem favoráveis ao meio ambiente.
O Brasil, certamente, é país que mais usa produtos químicos em lavouras e plantações. Por ser predominantemente tropical, o surgimento de pragas se torna mais comum se comparado com outros países.
Logo, o Brasil também é classificado como um dos países com maior potencial na área agropecuária. Assim, todos os anos, são comercializados em torno de US$ 10 bilhões com produtos agroquímicos.
O uso dos agrotóxicos no Brasil, inclusive, é regulado pela Lei de Agrotóxicos nº 7.802, de 1989. Assim, os principais pesticidas comercializados no país em toneladas são: glifosato (185,6 mil), 2,4-D (53,4 mil), mancozebe (33,3 mil) e atrazina (28,6 mil toneladas).
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Fontes: Escola Kids, Ecycle
Imagem de destaque: Outras Mídias
Essa matéria Agrotóxicos, o que são? História, principais tipos e sintomas de intoxicação foi criada pelo site Conhecimento Científico.
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