Peixes conhecidos como cabeças-de-cobra, que conseguem andar por até 20 horas fora d'água, estão intrigando e preocupando especialistas estadunidenses. Isso porque o animal, que é uma espécie invasora no país, já devorou sapos e até cachorros das regiões onde é encontrado
*Estagiário do R7, com supervisão de Filipe Siqueira
O biólogo Noah Bressman, da Universidade de Wake Forresta, na Carolina do Norte, estudou os cabeças-cobra-na região de Maryland, onde a espécie é considerada um risco ao ecossistema
Durante a pesquisa, o cientista colocou os peixes em diversos tipos de condição de água e percebeu que o animal fugia para a terra nas que considerava desfavoráveis
Os cabeças-de-peixe escaparam de águas coma alta salinidade, alta acidez e ricas em dióxido de carbono
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O biólogo também utilizou o estudo para se aprofundar na movimentação do peixe anfíbio
"Eles se movem de forma muito mais rápida do que antes se acreditava", afirmou Noah
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"Na grama, eles utilizaram barbatanas peitorais para se mexer em uma boa velocidade", continuou
Noah acredita que um melhor entendimento sobre o quão anfíbio são os cabeças-de-cobra pode ajudar no controle de sua população
Outra espécie que está preocupando os cientistas é o peixe-leão. Os especialistas temem que o sinistro animal domine todo o oceano Atlântico. Confira mais sobre essa história a seguir!
Cientistas não costumam concordar com muita coisa, então quando eles o fazem é bom ficar de olho. A mais nova unanimidade entre os estudiosos marinhos é que o peixe-leão (ou peixe-pedra ou peixe-escorpião, nomes legais para um animal sinistro) é o pior invasor dos mares no momento. A ponto de colocar outras espécies em perigos e ameaçar "dominar todo o oceano Atlântico"
O peixe-leão é um predador voraz que não conhece limites
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Ele encurrala suas presas com espinhos e as devora, sem muita cerimônia
Até mesmo antigos concorrentes (basicamente peixes de tamanho parecido) estão sendo literalmente engolidos por ele
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Um estudo publicado no site Live Science em setembro aponta que estudiosos entenderam que chegou o momento de agir
Esse predador já estendeu seus domínios por todo o Atlântico
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Para ter uma ideia, esses peixes comem tão rápido que os cientistas enfrentam problemas para entender como tudo acontece
Para entender os mecanismos de comilança dele (tudo acontece em uma fração de segundo) eles precisaram gravar vários vídeos
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"Nenhum peixe conhecido faz o que o peixe-leão faz", afirma Kristen Dahl, pesquisadora de pós-doutorado da Universidade da Flórida, ao site Live Science
A maioria dos peixes devorados sequer percebe o que acontece, afirmam cientistas
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Obviamente os humanos têm um dedo nas invasões desses animais vorazes
Ele é mais comum nas regiões do Indo-Pacífico, perto da Oceania, mas sua exuberância o tornou um peixe doméstico muito requisitado
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Quando os donos percebem que o peixe-leão não é dos seres mais amistosos, os jogam no mar (no Oceano Atlântico, principalmente)
Sem predadores e desconhecido das presas, eles não encontram resistência em seu processo de dominação iniciado na costa da Carolina do Norte, em 2000
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Em 2004 os avistamentos cresceram e se estenderam por toda a costa sul dos Estados Unidos. Após 2010 menos desses avistamentos foram relatados, mas provavelmente por esses peixes já estarem integrados ao ambiente
Existe um problema maior para lidar com ele: os peixes-leão não são atraídos por linhas de pesca e outras armadilhas tradicionais, e pesquisadores precisam criar técnicas específicas para lidar com eles sem destruir espécies nativas
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