Durante o século XIX houve uma intensa industrialização no continente europeu. Devido as Revoluções Industriais, aconteceu o crescimento dos parques industriais e o acúmulo de capitais. Com isso, obrigou-se as grandes potências a buscarem uma expansão do mercado e matéria-prima barata. Foi nesse contexto, que países europeus buscaram explorar a região africana e asiática, aqui nasce o neocolonialismo.
Você sabe como começou esse processo? O porquê e as consequências?
Em primeiro lugar, precisamos esclarecer o que é colonialismo e neocolonialismo. Enquanto o colonialismo começou em no século XVI, com base no mercantilismo e no capitalismo comercial. Além disso, buscava metais preciosos e manter a balança comercial favorável para os países europeus. À medida que o neocolonialismo iniciou a partir do século XIX, alicerçado na Segunda Revolução Industrial. Devido a procura de mão-de-obra barata, mercado consumidor e a garantia de matérias primas.
A justificativa usada no século XVI era a disseminação da fé cristã, nas regiões colonizadas, principalmente na América. Já durante no neocolonialismo, usavam a justificativa de “superioridade européia”, sendo a Ásia e África as principais vítimas desse processo.
Contexto do NeocolonialismoPouco a pouco as nações europeias foram dominando politicamente essas regiões. Uma vez que, buscavam atender à demanda de seus parques industriais. Basicamente, esse modelo de exploração queria um mercado consumidor e, ao mesmo tempo, uma mão-de-obra barata e fonte de matéria-prima. Para além disso, naquela época estava ocorrendo um aumento da população no continente europeu. Devido a isso, o neocolonialismo serviu para abrigar o excedente da sociedade européia.
Por mais que houvesse muito espaço para dominação, o neocolonialismo desencadeou um forte acirramento entre os laços dos países europeus. Logo, tornou o XIX um período de muita tensão política.
Para além do domínio econômico e político, o neocolonialismo viu uma chance de controle ideológico, também. Com isso, colocaram em prática a teoria do darwinismo social, de Hebert Spencer, que traz a Europa como o topo de toda sociedade mundial. Deixando claro, a Ásia e África como civilizações retardadas e primitivas. Baseado nisso, o escritor Rudyard Kipling dizia que a cultura européia sobre os afro-asiáticos era “o fardo do homem branco no mundo”.
Podemos destacar, aliás, a Conferência de Berlim (1884-1885). Basicamente, essa conferência foi para dividir a África entre as nações européias. Aqui, vemos o forte domínio britânico que ficou com a maior parte do norte africano. Logo, garantiu o monopólio sob o Canla de Suez, que liga os Mares Vermelho e Mediterrâneo, sendo de grande importância econômica para o Império Britânico, durante o neocolonialismo.
Na Índia, também houve forte presença inglesa. Uma vez que, após vitória na Guerra dos Sete Anos (1756-1763) houve um enorme controle na região, político-administrativa. Ademais, essa opressão britânica foi mira de uma guerra civil na Índia, a Guerra dos Sipaios. Com isso, para resolver a situação, a coroa inglesa transformou a colônia indiana em parte do império.
Ainda que resistissem ao processo de colonialismo, no século XVI. No fim do século XIX, no neocolonialismo, o Japão não conseguiu tamanha força. Pois, militares norte-americanos conseguiram fazer a abertura da economia japonesa. Com isso, a entrada de valores e de cultura ocidental gerou uma reforma político-econômica no Japão. Tal fato, ficou conhecido como Revolução de Meiji.
A Revolução de Meiji fez o Japão sair das práticas feudais para entrar nas disputas imperialistas. Aliás, em 1894, os japoneses declaram guerra à China e passaram a dominar a região da Manchúria. Que, por sua vez, atraiu o interesse russo, ocasionando a Guerra Russo-Japonesa (1904). Para além disso, os japoneses também disputaram territórios com os EUA, na região do Pacífico, que gerou conflitos entre os anos de 1930 a 1940.
Atualmente, o termo neocolonialismo ainda serve para se referir a dependência econômica de algumas nações da Ásia, América e África têm em relação aos grandes países ricos. Ademais, sendo chamado de imperialismo contemporâneo.
Consequências do NeocolonialismoO neocolonialismo, portanto, serviu de engate para inúmeras revoltas. Podemos dar destaque, por exemplo, para a Primeira e Segunda Guerra Mundial. Para além disso, ocasionou guerras civias internas dentro dos países dominados e problemas sócio-econômicas. E para completar deixou uma desestruturação das culturas africana e asiática.
Para finalizar, o neocolonialismo fez surgir os conglomerados econômicos, como truste, cartel e holding.
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Fontes: Brasil Escola, Significados e Toda Matéria
Fonte imagem: Instituto Claro
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