Essa tampa aparentemente comum é o topo de um feito um tanto esquisito da humanidade: o buraco artificial mais fundo do planeta. Hoje o local do chamado Poço Superprofundo de Kola está cercado de ruínas abandonadas, mas já foi um centro de pesquisas movimentado no território da antiga União Soviética, iniciado em 1970, com o objetivo de entender melhor a crosta terrestre
A crosta da Terra é apenas uma pequena parte do planeta, um amontoado de rochas de 30 a 50 km que repousa sobre o Manto Terrestre, uma camada de rochas semi-derretidas com espessura de cerca de 2.800 km até o núcleo da Terra
Os soviéticos resolveram explorar essa camada da crosta e começaram a fazer uma perfuração na região da península de Kola, na região próxima da fronteira com a Finlândia
Na época, muitos entenderam o projeto como uma resposta dos geólogos ao sucesso da exploração espacial
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O objetivo dos cientistas era fazer uma escavação de 15 km
Em 1971, a escavação começou de fato e oito anos depois já se tornara recordista, com 10.000 metros
(Um projeto similar americano iniciado pouco antes havia atingido uma profundidade de 9.583 metros, em Oklahoma)
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Em 1983, a broca ultrapassou a marca dos 12.000 metros, no que foi considerada uma vitória dos cientistas locais
Como era comum na URSS, o fato foi usado como propaganda estatal e ficou um ano parado para receber visitações de oficiais do país
Nesse período de ociosidade, a broca enferrujou e ninguém fez nada, então na hora de retomar os trabalhos, o equipamento quebrou
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O buraco teve que ser iniciado aos 7 km e demorou outros cinco anos para chegar a 12.262 metros
E aí a dificuldade maior chegou: temperaturas de 180º C, o que faz com que rochas se comportem quase como líquidos e impedem o poço de continuar aberto. Com isso, os trabalhos no Poço foram totalmente interrompidos em 1992. Mas, do ponto de vista científico, foram obtidos dados interessantes
Os cientistas encontraram bastante água líquida por volta de 7 km, o que foi considerado incrível, além de fósseis de plânctons por volta dos 6 km, que estavam ao redor de uma lama cheia de hidrogênio
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