Medo de ser enterrado vivo era uma preocupação real na Era Vitoriana

Nos séculos XVIII e XIX, existia uma palpável histeria popular relacionada ao medo de ser enterrado vivo — enquanto era tradição fotografar os mortos

*Estagiária do R7, sob supervisão de Filipe Siqueira

O medo até era justificado porque naquela época os métodos para determinar a morte não eram confiáveis. Frequentemente, coma ou paralisia eram estados confundidos com morte

Tal pânico surgiu na época da cólera, quando os pacientes entravam em coma e eram enterrados logo em seguida para evitar que os germes se espalhassem

Em 1884, o famoso escritor americano Edgar Allan Poe publicou um livro intitulado O enterro prematuro, e o resto da história você já deve imaginar
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Um dos tipos mais populares de caixões de segurança eram chamados de "jazigo com escape", onde cada sepultura tinha uma porta com uma escotilha que podia ser aberta por dentro

Também existiam invenções com elaborados mecanismos de bandeiras e sinos, que podiam ser acionados caso o morto não estivesse tão morto assim

Coveiros da época eram até pagos para vigiar as sepulturas e alertar em caso de algum sinal. Apesar de tudo isso. não há relatos de pessoas salvas por esses cuidados extras

Além disso, também tinham medo de serem perturbados depois de mortos. As instituições de ensino médicas precisavam de cadáveres para estudarem anatomia e sequestrar corpos de suas sepulturas passou a ser comum

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Os americanos desenvolveram uma armadilha que detecta a presença de possíveis ladrões e explode

Outra alternativa era retirar o morto da sua casa e monitorá-lo em busca de sinais de vida até começar a entrar em decomposição. Comida, bebida e até cigarros eram deixados a mão para o caso de alguém acordar

Depois que descobriram que a verificação dos batimentos cardíacos era um método confiável, a histeria foi se apaziguando (o estetoscópio foi inventado em 1816 pelo René Laennec)

Por essa época, fotografar mortos também era comum. Quando entes queridos faleciam, uma forma de viver o luto era fotografando o falecido como se estivesse vivo. Junto a família ou posando sozinho, como nessa foto

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Funcionava também como uma forma de manter viva a lembrança daquela pessoa

Os olhos geralmente eram abertos e, na impossibilidade disso, pintavam pupilas nas pálpebras fechadas

A taxa de mortalidade infantil era muito alta então é comum ver retratos de crianças

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Para muitas dessas pessoas esse seria o único momento gravado em fotografias, já que fotografar não era uma atividade comum 

O retrato era feito da forma mais realista possível. 

Era comum também posarem ao lado de seus bens mais preciosos

Ou a família inteira ser retratada postumamente

Apesar de parecer que está dormindo, sabemos que esse não era o caso. Clique aqui para ver mais fotos como essas