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Marsupial faz sexo por 3 semanas, fica cego e morre com gangrenas

Na Austrália (claro!) existe um marsupial chamado antechinus (ou Rato-marsupial-australiano, em seu nome português nada criativo) que faz sexo até morrer. Em sua incessante busca por prazer e por perpetuar os próprios genes, ele fica cego, com o corpo totalmente gangrenado, com hemorragias em todos os órgãos e com os pulmões estourados. Mas, até o último minuto, ele quer copular

O bicho tem 12 cm e no período de reprodução seu corpo muda completamente

Os testículos crescem até ficarem com quase um quarto do peso do corpo

Como resultado, o corpo desse pequeno mamífero fica inundado de testosterona, que passa a controlar cada segundo do comportamento dele a partir dali

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Em agosto, começa uma verdadeira corrida pela reprodução

Os pequenos marsupiais percorrem loucamente grandes distâncias em busca de um par

Cada encontro é frenético e incontrolável: chega a durar 14 horas ininterruptas

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O animal que antes era virgem, se torna um alucinado por sexo

Após alguns dias, seu corpo começa a dar sinais que não vai aguentar

... hemorragias internas começam...

... hormônios de estresse se misturam com a testosterona

E ainda assim, o pequeno marsupial continua imparável em sua corrida para perpetuar os genes

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Mesmo quase morto, os machos continuam em sua busca

Já as fêmeas estão fugindo deles em uma janela reprodutiva que geralmente dura três semanas

Em poucos dias, antes de completarem o primeiro aniversário, os machos estarão mortos, vitimados pela insaciedade

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Existe até um nome técnico para isso: semelparidade, que descreve animais que têm apenas um episódio reprodutivo durante toda a vida

Essa característica é comum na natureza, mas rara entre mamíferos. Apenas os antechinuses e seus parentes pequenos marsupiais (parentes dos cangurus e coalas, apesar do nome) exibem esse comportamento

E por que eles fazem isso? Biólogos não sabem e apenas exibem algumas hipóteses, como a sobrevivência das fêmeas após o acasalamento, o altruísmo de deixar mais recursos para as próximas gerações, enquanto outros estudiosos dizem que tem a ver com a oferta de alimentos ao longo do ano

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