Van Gogh (1853-1890) foi um pintor holandês do final do século XIX e um dos maiores expoentes do pós-impressionismo.
É considerado um verdadeiro gênio da pintura. Teve uma carreira relativamente curta como pintor, cerca de dez anos. Porém, enquanto vivo, produziu mais de duas mil obras, incluindo por volta de 860 pinturas a óleo.
Van Gogh nunca imaginou a fama que iria ter, pois em toda sua carreira como pintor, vendeu apenas um quadro (O Vinhedo Vermelho). Contudo, seus trabalhos foram valorizados depois de sua morte e tiveram grande influência na arte do século seguinte.
Tanto as suas obras quanto a sua vida geraram muito curiosidade até os dias de hoje. Desse modo, ele foi tema de diversos livros, filmes e documentários.
Diante disso, vamos conhecer cada detalhe da vida desse famoso pintor.
Biografia de Van Gogh
Vincent Willem Van Gogh nasceu em Zundert, uma pequena aldeia holandesa, no dia 30 de março de 1853. Filho do pastor Theodorus Van Gogh e de Ana Cornelia Carbentus, Van Gogh era o filho mais velho. Tinha quatro irmãos, sendo duas mulheres e dois homens. Contudo, foi com Theo, segundo filho do casal, que Van Gogh estabeleceu uma forte relação, uma vez que o ajudou e esteve ao seu lado durante grande parte da vida.
Desde pequeno teve uma vida difícil, marcada pela pobreza, miséria e doenças. Sendo assim, com a saúde mental debilitada e acessos de loucura, pôs fim a própria vida em julho de 1890 aos 37 anos.
Fonte: Toda Matéria Juventude de Van Gogh
Ainda na Holanda, aos 11 anos, Vincent estudou em um colégio interno em Zevenbergen, o que, segundo relatos, deixou-o infeliz. Quando tinha 13 anos, ele cursou o ensino médio em Tilburg. Dessa maneira, pode-se observar que Van Gogh iniciou os estudos de maneira desarmônica, em diversas instituições.
Com 15 anos abandonou os estudos e no ano seguinte foi para Haia e passou a trabalhar com seu tio, que abriu a sucursal da Galeria Goupil, uma importante empresa que comerciava obras e livros. Depois de três anos é mandado para Bruxelas, onde passa dois anos.
Poucos anos depois tenta a vida em Londres e, mais tarde, em Paris. Depois de muitas complicações, em 1877 conseguiu emprego em uma livraria em Dordrecht, até que decide seguir a carreira do pai. Sendo assim, aproximou-se com intensidade nos assuntos religiosos e chegou a prestar vestibular para o curso de Teologia na Universidade de Amsterdã, mas não foi aprovado.
Após ser rejeitado pela Universidade de Amsterdã, Van Gogh viaja para Borinage, na Bélgica, a fim de ser missionário religioso.
Van Gogh vivia bem com o que tinha, entretanto, seu comportamento não foi compreendido (por ter um temperamento considerado muito instável, característica que o acompanhou ao longo de sua vida) e a ele foi negada a permissão para pregar a palavra.
Fonte: Wikipédia Os amores de Van Gogh
De acordo com a biografia dele, o artista tinha personalidade difícil e facilidade para discutir, o que prejudicava os seus relacionamentos. Ele isolava-se, tinha episódios de depressão, e por isso, sempre teve romances mal sucedidos.
Como exemplo, quando ele apaixonou-se por sua prima Kee Vos Stricker, mas foi rejeitado e abalou-se profundamente.
E caso da ex-prostituta conhecida como Sien. Van Gogh envolve-se com ela, que possuía um filho e estava grávida. Mesmo assim, ele acolhe a moça e seu filho no ateliê, mas depois do nascimento da criança, Sien abandona o pintor.
Portanto, Van Gogh não teve mais envolvimentos amorosos significativos até o fim de sua vida.
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×Início da carreira como pintor
Após ter sido rejeitado como missionário religioso, Van Gogh abandona então a vida religiosa, frustrado, e passa a dedicar-se à arte.
Sendo assim, em 1880, Van Gogh vai para Bruxelas, e começa a empenhar-se nos estudos artísticos, frequentando a Escola de Belas-Artes. Com o dinheiro que o irmão lhe mandava, estudava anatomia e perspectiva, e passa os dias desenhando.
Contudo, em 1881, muda-se para Haia, onde é acolhido pelo pintor Mauve. Lá ele mostrava seus trabalhos para comerciantes do ramo das artes e passa a pintar com tinta a óleo.
Em março de 1885 seu pai morre repentinamente. Em abril do mesmo ano, Van Gogh pinta “Os Comedores de Batata”, caracterizado pelas tonalidades escuras.
Em janeiro de 1886, Van Gogh viaja para Antuérpia, onde inicia estudos na Academia local. Em fevereiro é acolhido em Paris por seu irmão Theo. Essa é a época mais sociável do pintor.
Sendo assim, em Paris foi apresentado ao Impressionismo, movimento do qual sofreu grande influência. Também admirava muito as gravuras japonesas, especialmente quanto ao colorido. Assim sendo, ainda na França conviveu com Edgar Degas, Georges Seurat, Henri de Toulouse-Lautrec, Paul Signac, Émile Bernard, Pablo Picasso e Paul Gauguin, recebendo grande influência desses artistas.
Fonte: Wikipédia
Últimos anos de Van Gogh
Conforme visto anteriormente, Van Gogh criou mais de dois mil trabalhos, incluindo por volta de 860 pinturas a óleo, em que a maioria foi criada durante seus dois últimos anos de vida.
Sendo assim, em 1888, Van Gogh encontra-se com a saúde precária e segue os conselhos de Toulouse-Lautrec, vai para o campo e em fevereiro encontra-se em Arles, pintando ao ar livre.
Nesse mesmo período, o artista Paul Gauguin resolve juntar-se com Van Gogh, contudo, a convivência entre os dois foi desastrosa. Apesar das constantes brigas, foram dois meses de trabalho intenso, até que houve relatos que sua amante teria se envolvido com Gauguin e ao descobrir discute e agride o amigo com uma navalha.
Arrependido do que fez, Van Gogh corta um pedaço de sua orelha e manda num envelope para Gauguin. E foi assim que surgiu o quadro “Auto Retrato com a Orelha Cortada”.
Fonte: Wikipédia
Após esse episodio, ele mesmo pede ao irmão que o interne. Portanto, vai para o Hospital de Saint-Rémy-de-Provance e transforma seu quarto em um ateliê, produz mais de duzentos quadros e centenas de desenhos.
Vincent Van Gogh deixa a clínica em maio de 1890. Em seguida, vai para Auvers, sob os cuidados do Dr. Gachet que o examina e diz que a situação é grave. Sendo assim, nesse período, pintou mais de 200 desenhos e mais de 40 quadros.
Morte de Van Gogh
Durante sua existência, Van Gogh apresentou episódios de instabilidade mental e comportamento tempestuoso, chegando a ser internado em hospitais psiquiátricos. Estudos relatam que ele não se alimentava muito bem e consumia bebidas alcoólicas com frequência.
Sendo assim, durante alguma crise em 27 de julho de 1890, o artista sai para um passeio no campo, carregando consigo um revolver para atirar nas gralhas acaba dando num tiro no próprio peito.
Após o ocorrido ainda teve forças para voltar para casa onde morreu dois dias depois nos braços do irmão Theo, aos 37 anos de idade.
No dia de sua morte, no sótão da Galeria Goupil, em Paris, 700 quadros amontoavam-se sem comprador.
Sendo assim, a fama só veio após sua morte. Grande parte de sua história está descrita nas 750 cartas que escreveu para seu irmão Theo, que morreu seis meses depois por profunda depressão, deixando a esposa e seu filho.
Uma possível razão para Van Gogh ter tomado essa atitude pode ter sido o desejo de deixar de ser uma preocupação para o irmão, que além de sustenta-lo, sustentava a esposa e a mãe.
Fonte: Toda Matéria
Principais Obras
Van Gogh pintou mais de 400 telas, onde retratou camponeses, a natureza, a miséria e fez autorretratos. Atualmente, suas obras estão entre as mais caras do mundo.
Além disso, seu legado é tão representativo que, em 1973, em Amsterdã, foi criado um museu para abrigar suas criações.
Fonte: TripAdvisor
Portanto, entre suas pinturas, as mais conhecidas são:
Os Comedores de batatas; Caveira com cigarro acesso; A ponte Debaixo de Chuva; Natureza morta com absinto; A italiana; A vinha encarnada; A casa amarela; Retrato do Dr. Gachet; Girassóis; Vista de Arles com Lírios; Noite Estrelada.Gostou de conhecer mais sobre um dos maiores pintores da arte ocidental? Então, conheça também sobre Pablo Picasso.
Fonte: InfoEscola, Brasil Escola, Toda Matéria, EBiografia
Fonte Imagem Destaque: Aventuras na História
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