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Varíola – O que é, sintomas, causas e tratamentos para a doença

A princípio, sabemos que a Varíola já é uma doença bastante antiga. Atingiu a população mundial significativamente por mais de 10000 anos. E, além disso, atingiu mais que a tuberculose, ou até mesmo a AIDS. Múmias, como a de Ramsés V, que data o período de 1157 a.C, apresentam sinais típicos da varíola.

Ainda mais, essa foi uma das doenças que mais matou no Brasil desde o seu descobrimento. E, inclusive, até pouco tempo atrás não se sabia como se dava a transmissão da varíola.

Sendo assim, vamos saber um pouco mais sobre essa doença que matou tantas pessoas durante tanto tempo.

O que é Varíola?
Varíola - O que é, sintomas, causas e tratamentos para essa doença
Varíola - O que é, sintomas, causas e tratamentos para essa doença Segredos do Mundo
Mega Curioso

Em primeiro lugar, a varíola é uma doença infectocontagiosa provocada pelo vírus Orthopoxvirus variolae, da família Poxiviridae. No entanto, ela foi erradicada mundialmente por volta dos anos 1970 após uma campanha de imunização global sem precedentes organizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Hoje, as amostras de vírus da varíola foram mantidas para fins de pesquisa.

A pricípio, esse vírus foi descoberto quando cientistas notaram que uma múmia, que viveu de meados de 1550 a 1307 a.C., apresentava vestígios do mesmo. Essa descoberta dá a entender que, sendo uma doença muitas vezes mortal, atinge os seres humanos há milhares de anos.

Como se proteger do coronavírus – 5 dicas para você sair imune do surto × Tipos de Varíola
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OPAS

Há pelo menos 2 cepas do vírus da varíola:

– Major (varíola clássica), é a cepa mais virulenta

– Minor (alastrim), é a cepa menos virulenta

Dessa forma, a primeira poderia ser fatal e levar à morte. No entanto, a segunda apresenta sintomas mais moderados. Ambos, no entanto, resultam em lesões na pele.

Transmissão
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Drauzio

A doença é causada por infecção com o vírus Orthopoxvírus variolae. Sendo assim, ele pode ser transmitido:

– Diretamente de pessoa para pessoa. A transmissão direta do vírus requer contato direto prolongado. Dessa forma, o vírus pode ser transmitido pelo ar por meio de gotículas que escapam quando uma pessoa infectada tosse, espirra ou fala.

– Indiretamente de uma pessoa infectada. Em casos raros, o vírus pode se espalhar mais longe pelo ar, possivelmente por meio do sistema de ventilação em um edifício, infectando pessoas em outros quartos ou em outros andares.

– Via itens contaminados. A varíola também pode se espalhar por meio do contato com roupas e lençóis contaminados, embora o risco de infecção a partir destas fontes seja menos comum.

A princípio, os pesquisadores acreditam que a infecção por varíola possa continuar ativa (sob as condições certas) por até 24 horas. Em condições desfavoráveis, o vírus só consegue permanecer vivo por até seis horas.

Fatores de risco
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O Globo

Primeiramente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) liderou um enorme programa de imunização. Sendo este em escala global, que erradicou a varíola por volta dos anos 70. O último caso registrado da doença fora de laboratórios data de 1977, na Somália. Inclusive, as vacinas já pararam de ser ministradas para a população, pois não há mais necessidade de imunização.

Portanto, nenhum fator de risco existente é conhecido hoje para a doença. Entretanto, os vírus da varíola ainda existem e estão congelados no laboratório VECTOR, em Koltsovo, na Rússia, bem como no laboratório do Centro de Controle de Coenças (CDC), em Atlanta, nos Estados Unidos – o que pode preocupar alguns sobre os riscos do vírus ser utilizado como arma biológica.

Sintomas e sinais Varíola maior
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Em primeiro lugar, a varíola maior apresenta um período de 10 a 12 dias de incubação (varia de 7 a 17 dias), seguido por 2 a 3 dias de pródromo, com febre, cefaleia, dor lombar e intenso mal-estar. Sendo assim, algumas vezes ocorre dor abdominal acentuada e vômitos. Além disso, lesões maculopapulares se desenvolvem na mucosa orofaríngea, na face e nos braços, disseminando-se logo depois para o tronco e as pernas. As lesões orofaríngeas ulceram-se rapidamente.

Ainda mais, após 1 ou 2 dias, as lesões cutâneas tornam-se vesiculares e, em seguida, pustulares. As pústulas são mais densas na face e nas extremidades do que no tronco e podem aparecer nas palmas. Assim, elas são redondas, tensas e parecem estar aderidas profundamente. Além disso, as lesões de pele da varíola, ao contrário daquelas da varicela, ficam todas na mesma fase de desenvolvimento em uma determinada parte do corpo.

Após 8 ou 9 dias, as pústulas transformam-se em crostas. Ainda assim, podendo restar cicatriz residual.

A princípio, a taxa de mortalidade é de aproximadamente 30%. Mortes são resultado de resposta inflamatória maciça, que causa choque e falência de múltiplos órgãos, geralmente durante a 2ª semana da doença.

Ainda mais, cerca de 5 a 10% das pessoas com varíola major desenvolvem tanto uma variante hemorrágica como uma maligna (plana).

Sua forma hemorrágica é mais rara e tem pródromo mais curto e mais intenso. Além disso, é seguido por eritema generalizado e hemorragia cutâneo-mucosa. Ela é sistematicamente fatal em 5 ou 6 dias. E, ainda mais, sua forma maligna tem um pródromo grave semelhante, seguido pelo desenvolvimento lesões cutâneas confluentes, planas e não pustulares. Os sobreviventes costumam apresentar descamação da epiderme.

Varíola menor

A varíola menor resulta em sintomas semelhantes, porém, menos graves, com rash cutâneo menos extenso. Sua taxa de mortalidade é 

Diagnóstico
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UPIS

– PCR

– Microscopia eletrônica

A princípio, a não ser que haja exposição laboratorial documentada ou suspeita de surto (decorrente de bioterrorismo), apenas os pacientes que correspondem à definição de clínica de caso de varíola devem ser testados devido ao risco dos resultados dos exames serem falso-positivo.

Além disso, existe um algoritmo para avaliar o risco de varíola nos pacientes com febre e exantema. O mesmo está disponível no website do CDC (CDC Algorithm Poster for Evaluation of Suspected Smallpox), como um worksheet que pode ser impresso e enviado para o CDC para auxiliar na avaliação.

Dessa forma, o diagnóstico da varíola é confirmado pela comprovação da presença de DNA da varíola por testes de PCR com amostras de vesículas ou pústulas. Ainda mais, o vírus pode ser identificado por microscopia eletrônica ou cultura viral de material raspado de lesões de pele (o ideal é sua confirmação subsequente por PCR).

A suspeita de varíola deve ser notificada imediatamente às agências de saúde pública locais; nos EUA, aos CDCs em 770-488-7100. Essas agências organizam testes em um laboratório com nível adequado de segurança (nível 4 de biossegurança).

Inclusive, ensaios de detecção de antígenos no ponto de atendimento estão sendo desenvolvidos.

Tratamento
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Engenharia e Arquitetura

– Cuidados de suporte

– Isolamento

– Possivelmente cidofovir, brincidofovir (CMX 001) ou tecovirimat (ST-246)

A princípio, o tratamento da varíola geralmente é de suporte. Ou seja, utiliza-se de antibióticos para tratar infecções bacterianas secundárias. O antiviral cidofovir pode ser considerado. Brincidofovir (CMX001) e tecovirimat (ST-246) são fármacos experimentais, mas foram utilizados para tratar as complicações graves relacionadas com a vacina (antivacínia), e também podem ser úteis para o tratamento. No entanto, atualmente não há nenhum fármaco aprovado para o tratamento da varíola.

Dessa forma, o isolamento das pessoas com varíola é essencial. Sendo assim, em casos de epidemias limitadas, pacientes podem ser isolados em hospitais com quartos equipados com pressão-negativa, com ar particulado de alta eficiência (HEPA, high-efficiency particulate air). Além disso, em epidemias, pode ser necessário o isolamento domiciliar.

Contatos devem ser colocados sob vigilância, tipicamente com medida diária de temperatura. No entanto, caso a temperatura seja > 38°C ou exista outro sinal de doença, eles devem ser isolados em casa.

Prevenção
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Aventuras na História

Primeiramente, a vacina licenciada da varíola nos EUA consiste em vírus vivos da vacínia (ACAM2000). Dessa forma, está relacionada com a varíola e fornece imunidade cruzada. A vacina é administrada com uma agulha bifurcada imersa em vacina reconstituída. Sendo assim, a agulha perfura rapidamente a pele 15 vezes em uma área de aproximadamente 5 mm de diâmetro, com força suficiente para puxar um rastro de sangue.

O local da vacina é coberto com um curativo para prevenir disseminação do vírus para outros locais do corpo ou contatos próximos. De fato, é possível  ter febre, mal-estar e mialgias na semana seguinte à vacinação.

Além disso, o sucesso da vacinação é indicado pelo desenvolvimento de uma pústula no 7º dia, aproximadamente. A revacinação pode produzir somente uma pápula circundada por eritema, com picos entre 3 e 7 dias. Certamente, pessoas sem esses sinais devem receber outra dose da vacina.

A princípio, foram criadas duas vacinas de vírus vivo atenuado [vacínia modificadas Ankara (MVA, do inglês Modified Vaccinia Ankara) e LC16m8]. Inicialmente, a MVA foi aprovada na Europa e a LC16m8 foi aprovada no Japão. MVA e outra vacina experimental, vacina contra a varíola Aventis Pasteur (APSV), estão disponíveis a partir do Strategic National Stockpile no caso de uma emergência.

Primeiramente, depois de uma única dose da vacina, a imunidade começa a diminuir após 5 anos e provavelmente torna-se insignificante após 20 anos. Se as pessoas foram revacinadas com sucesso uma ou mais vezes, parte da imunidade residual pode persistir por ≥ 30 anos.

Complicações das vacinas
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Museu do Amanhã

Fatores de risco de complicações incluem distúrbios de pele extensos (em particular, eczema), doenças ou terapias imunossupressoras, inflamação ocular e gestação. A vacinação disseminada não é recomendada por causa dos riscos.

A princípio, complicações graves ocorrem em cerca de 1/10.000 pacientes após a primeira vacinação (primária). São elas:

– Encefalite pós-vacínia

– Vacínia progressiva

– Eczema vacinal

– Vacínia generalizada

– Miocardite e/ou pericardite

– Ceratite pelo vírus vacínia

– Exantemas não infecciosos

Encefalite pós-vacina ocorre em aproximadamente 1 entre 300.000 imunizados da vacinação primária, tipicamente 8 a 15 dias mais tarde.

Além disso, a vacínia progressiva (vaccinia necrosum) resulta em lesão de pele não cicatrizada (vesicular), que se dissemina para a pele adjacente e finalmente para outras áreas da pele, aos ossos e às vísceras. A vacínia progressiva pode ocorrer tanto com a vacinação primária quanto com a revacinação, mas quase exclusivamente em pacientes com um defeito subjacente na imunidade celular. Certamente pode ser fatal.

Eczema de vacínia resulta em lesões de pele vacinais, que aparecem nas áreas de eczema ativo ou até mesmo curado. Além disso, vacínia generalizada resulta de disseminação hematogênica do vírus da vacínia e produz lesões em locais múltiplos do corpo. Geralmente ela é benigna.

Ainda mais, a ceratite pelo vírus vacínia raramente ocorre quando o vírus da vacínia é inadvertidamente implantado no olho.

Profilaxia pós-exposição

A vacinação pós-exposição pode prevenir ou limitar significativamente a gravidade da doença, sendo indicada para familiares e contatos íntimos de pacientes com a varíola. A administração precoce é muito eficaz, mas algum benefício é percebido até 4 dias depois da exposição.

E aí, curtiu essa matéria? Então, confira a próxima: Pedra nos rins – O que é, causas, sintomas e tratamentos.

Fontes: Brasil Escola; Manual MSD; Minha Vida.

Imagem de Destaque: Veja.

Essa matéria Varíola – O que é, sintomas, causas e tratamentos para a doença foi criada pelo site Segredos do Mundo.

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