A história grega conta com a história de Hipócrates que nasceu em 460 a.C. e faleceu em -377 a.C.). Sobretudo, ele foi um médico grego e considerado o pai da Medicina. Sendo assim, também teve o reconhecimento como o mais renomado médico da Antiguidade e o pioneiro da observação clínica.
Não obstante, ele foi o responsável por transformar o conceito da medicina, ou seja, passando a considerá-la como ciência. Antes de mais nada, o reconhecimento de Hipócrates como clínico teria começado entre 430 e 429 a.C.
Nesse período, Atenas passava por uma peste que arruinava o povo. Contudo, a epidemia foi eliminada após o médico acender fogueiras pela cidade. Hipócrates tomou essa atitude após observar que os artesãos, devido a profissão, mantinham fogo por perto, e assim estariam imunes ao contágio da doença.
Ao contrário de outros pensadores gregos que seguiam a linha da moral ou política, Hipócrates passou a observar o funcionamento do organismo humano. Com isso, ele pretendia encontrar explicações racionais para os malefícios que atingem a saúde humana. Apesar do tempo, alguns escritos da sua época mostram o seu trabalho e a construção do seu pensamento.
Família
Hipócrates nasceu na Ilha grega de Cós, na costa da Ásia Menor, cujos pais eram Heráclides e Fenareta, descendentes de Asclépio, deus grego da medicina. Ele, no entanto, pertencia a uma família cujas gerações dedicaram-se à medicina e à magia. Logo, outra versão diz que que ele descendia de Esculápio, deus grego e romano da cura.
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×Conceitos de Hipócrates
Hipócrates, basicamente, recebeu as primeiras lições do pai. Após isso, também estudou retórica e filosofia nos dois maiores centros médicos da época, Cós e Cnidos. Ademais, um dos seus conceitos terapêuticos foi a diferenciar sintomas e doenças.
Sendo assim, ele interpretou que os sintomas consistiam em manifestações exteriores ao organismo. Ele ainda elaborou e cumpriu um rigoroso código de ética, mediante preceitos presente até hoje no juramento da medicina.
Além disso, ele desenvolveu a medicina separando-a da Teurgia, ou seja, das práticas religiosas ritualísticas com objetivo de conectar-se a divindade. Assim, a medicina tornou-se uma disciplina independente, e consequentemente, fez surgir a profissão de médico.
Em algumas obras conferidas a Hipócrates há o discernimento entre o sagrado e o desconhecido. Por exemplo, a epilepsia era considerada algo sobrenatural e por meio de argumentos lógicos de Hipócrates passou ao conceito de doença. Segundo ele, a epilepsia era uma mudança acometida ao cérebro devido a causas naturais e inteligíveis, assim como outras enfermidades.
Ademais, o pai da medicina afirmava que homem deveria ser considerado como parte integrante do ambiente em que vive. Sendo assim, o contexto deve ser levado em consideração já que podem influenciar na saúde e a doença dos indivíduos.
Escola de Hipócrates
Além dos conhecimentos médicos intitulados, Hipócrates também foi chefe da escola de Cós e lecionou medicina em Atenas. Com esse feito, despertou a admiração de Platão e Aristóteles. Com isso, a escola, na ilha de Cós, provavelmente sucedeu à estabelecida no século VI a. C. pelo matemático grego Tales. Sendo assim, ensinava também as relações pessoais entre médico e paciente, além da medicina.
Antes de mais nada, a medicina estava nas mãos dos sacerdotes de Esculápio, o deus grego e romano da cura que considerava a doença como o resultado do aborrecimento dos deuses. Em contrapartida, Hipócrates negava os poderes curativos dos deuses já que sua linha de estudos era outra.
Assim, ele ensinava que o médico precisa analisar o paciente e registrar os sintomas da doença. Além disso, ele instruiu protocolos de observar o doente desde o aspecto dos olhos e da pele, à temperatura do corpo, ao apetite e à eliminação dos resíduos.
Ainda assim, considerava que era necessário manter um mapa médico sobre a evolução do paciente. Outro ponto que ele observou foi referente ao clima e com isso a frequência de resfriados no inverno. Em síntese, Hipócrates considera que as doenças resultam do desequilíbrio entre: o sangue, a fleuma (estado de espírito), a bílis (amarela) e a atrabile (bílis negra). Basicamente, ele entendia que o corpo traz elementos para a recuperação.
Juramento da medicina
Até hoje o juramento de Hipócrates, que contém sua ética está presente nas colações de grau da medicina. No Brasil, tem a seguinte versão:
“Prometo que, ao exercer a arte de curar, me mostrarei sempre fiel aos preceitos da honestidade, da caridade e da Ciência. Penetrando no interior dos lares, meus olhos serão cegos, minha língua calará os segredos que me forem revelados, o que terei como preceito de honra. Nunca me servirei de minha profissão para corromper os costumes ou favorecer o crime. Se eu cumprir este juramento com fidelidade, goze eu a minha vida e minha arte de boa reputação entre os homens e para sempre. Se dele me afastar ou infringi-lo, suceda-me o contrário”.
Obras de Hipócrates
“Corpus Hippocraticus”, a síntese de obras e recomendações médicas, não pertence totalmente a Hipócrates, pois mais de sessenta trabalhos da coleção continham tamanhos e estilos diferentes. Entre os escritos direcionados aos médicos estão: Tratado Sobre o Mal Sagrado, Dos Ares, Águas e Lugares, Do Prognóstico, Epidemias, A Medicina Antiga, Aforismos, Da Cirurgia, Das Fraturas, Das Articulações, Das Úlceras e também o Juramento.
A história diz que Hipócrates teria sido membro de uma sociedade secreta denominada Asclepíades, dos filhos de Asclépio, que reunia os sábios e estudiosos. Outro diziam que ele não existiu, porém, Platão diz que Hipócrates viajava ensinando a medicina
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Fontes: Filosofia História Ciências Saúde EBiografia Infoescola
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