Por muitos anos, pesquisadores do Museu de Haifa achavam que pequenas múmias da coleção da instituição abrigavam corações humanos. Mas, no final de junho, eles colocaram as peças em um aparelho de tomografia computadorizada e fizeram descobertas intrigantes
Para início de conversa, não se tratavam de corações, e sim aves, além de montes de grãos
A ave provavelmente é um falcão, mas a estranheza não para por aí: por algum motivo desconhecido, ele não tem a perna esquerda
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O pássaro também tinha outras deficiências: vários órgãos faltando e o pescoço está quebrado, o que provavelmente ocorreu após a morte
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Ninguém sabe exatamente o que significavam essas práticas egípcias: pássaros eram considerados protetores no país, e é possível que recebessem ritos fúnebres próprios pela aparência com divindades a que estavam ligados (falcões estavam ligados a Hórus, por exemplo)
Outra múmia pequena (ambas têm cerca de 40 cm) está cheia de grãos dentro. Por que? Outro mistério ainda maior, talvez algo a ver com colheitas, segundo Marcia Javitt, chefe da equipe de pesquisa, ao site LiveScience. A ideia do museu é expor as imagens de tomografia em coleções futuras, para dar um pouco mais de contexto para as peças
No próprio Egito, cientistas abriram recentemente sarcófagos que estavam fechados. Veja as imagens
Dois novos sarcófagos foram abertos em um museu do Egito. Um deles é do artesão Sennedjem e outro de uma das esposas dele. Sennedjem era especialista justamente em criar túmulos reais e seu sarcófago foi descoberto pelo francês G. Maspero, em 1886. A abertura e exposição das múmias gerou medo entre os que acreditam em "maldições de múmias do Egito"
A abertura dos sarcófagos ocorreu em uma cerimônia aberta à imprensa no último dia 21 e gerou uma série de medos de amantes de cultura de faraós
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Mas antes, um pouco de história...
Sennedjem foi enterrado com sua família na vila operária de Set Maat
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Segundo historiadores, ele viveu durante os reinados de Seti I e Ramsesses II da 19ª dinastia egípcia, cerca de 3.400 anos atrás
Ele era um especialista em estruturas e ornamentos do chamado Vale dos Reis
Os corpos dele e de outros integrantes de sua tumba foram desenrolados e passaram por uma espécie de "cirurgia"
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O procedimento é uma restauração, para que elas possam ser exibidas em um novo salão do Museu Nacional da Civilização Egípcia, no Cairo
O prazo para a finalização do procedimento é dezembro
Eles serão colocados em uma câmara de esterilização por mais 20 dias
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O processo removerá insetos e outros corpos estranhos das múmias
A abertura de sarcófagos há tempos é encarado como "perigoso" por teóricos da conspiração e estudiosos da história egípcia
Uma das mais famosas é a descoberta da tumba de Tutancâmon, que matou pelo menos 13 pessoas, segundo algumas versões da história
O medo é que uma nova abertura resulte em mais mortes, embora nada disso tenha sido provado
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