Burguesia, o que é? Origem, revoluções e luta de classes

A palavra “burguesia” é muito utilizada quando se faz referência a alguém que tem muito dinheiro, posses ou riquezas. É a nata ou elite da sociedade. Mas você conhece a história, definição e conceito desse jargão?

De modo geral, é uma classe social que surgiu entre a Idade Média e a Idade Moderna, em meados do século XI.  Além disso, ela é responsável pelo surgimento do capitalismo no mundo e dominante do poder político de uma sociedade.

Nesse sentido, vamos conhecer um pouco mais sobre a burguesia, sua origem e a luta de classes. Até porque, o surgimento desse grupo está ligado aos acontecimentos históricos de extrema relevância na política, economia e relações sociais.

Origem da Burguesia

Em síntese, a burguesia é formada por pessoas de classe social dominante, estas controlam os recursos de produção do comércio no sistema capitalista.

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O nome surgiu com o enfraquecimento do feudalismo na atividade comercial. Mesmo partindo da ideia de que os integrantes desse grupo são empresários, a burguesia se divide em três classes, sendo elas:

Alta burguesia: São formados pelos donos de fábricas e chefes, ou seja, aqueles que possuem o controle de produção; Média burguesia: comerciantes e profissionais liberais; Pequena burguesia: pequenos comerciantes e artesãos.

O feudalismo era exercido na Europa entre os séculos XI e XIV, onde a atividade econômica tinha como objetivo a subsistência, dividindo as classes sociais em nobreza, clero e servos. Ainda mais, não existia comércio ou qualquer moeda.

Posteriormente, a Europa retornou com o comércio no século XIV, por causa das influências comerciais entre Ocidente e Oriente. Ao passo que, fomentou a venda de artesanatos nas feiras, estimulou a produção têxtil e artesanal, daí surgiu uma pequena cidade ao redor do comércio, chamada “Burgos”.

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Nesse meio tempo, a mobilidade social começou a ser considerada, visto que os produtos estavam sendo trocados por moedas. Sendo que antes, a troca era feita de um produto pelo outro.

Dessa forma, se tornou possível juntar dinheiro e acumular riquezas. Foi então que surgiu a classe social chamada burguesia, que são os comerciantes que ficaram ricos por meio da expansão comercial.

Por último, depois que a mercadoria passou a ser trocada por dinheiro, ela se tornou o centro do capitalismo. Com isso, a produção para controle dos feudos não era mais o objetivo, mas sim o acúmulo de riquezas.

Estado Nação

O crescimento da burguesia fez com que o sistema político descentralizado, entre rei e nobreza, fosse desmanchado. Isto porque, os senhores feudais cobravam altos impostos e a burguesia se dizia prejudicada com o desenvolvimento lento da atividade mercantil.

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Dessa forma, a centralização do Estado foi apoiada pela burguesia, que estabeleceu um rei absolutista. Esta aliança entre burguesia e rei foi denominada de Estado Nação, assim os tributos começaram a ser pagos diretamente ao Estado.

Logo após, o comércio burguês avançou na atividade econômica, esse desenvolvimento foi dividido em duas principais etapas, sendo elas:

Burguesia mercantil: A classe começou com pequenos artesãos e vendedores têxteis, depois os comerciantes enriqueceram no comércio marítimo. Sobretudo, o mercantilismo se deu pelo acúmulo de pedras preciosas e com a substituição do sistema feudal pelo capitalismo. Burguesia industrial: A atividade comercial avançou no século XVIII com o desenvolvimento das indústrias. Os donos de fábricas eram dominantes dentro da classe burguesa, eles que buscaram o aumento dos lucros na indústria.

Revoluções burguesas

A princípio, a burguesia estava numa posição favorável após o acordo de Estado Nação. No entanto, a aliança com o absolutismo não foi duradoura.

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Mesmo sendo uma classe social dominante, esta não era privilegiada. O motivo é que a maioria dos ganhos da burguesia sustentava a nobreza e o clero. Além disso, o desenvolvimento capitalista era barrado pela monarquia, que dava preferência para a atividade agrícola e limitava o que deveria ser o livre comércio.

Ainda mais, a burguesia não tinha liberdade religiosa, tendo sua vida pessoal privada. Como resultado, as Revoluções Burguesas surgiram na França e Inglaterra contra o poder absolutista. O movimento foi liderado pela burguesia e apoiado pelos camponeses, assim conseguiram tomar o poder político.

Luta de classes

A teoria de Karl Marx sobre a luta de classes, divide a sociedade capitalista em dois grupos, sendo eles: a burguesia e o proletariado.

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A burguesia é o grupo que explora a mão de obra e controla os meios de produção e bens de capital. Já o proletariado precisa vender a sua mão de obra, pois não tem bens e propriedades no meio de produção.

Dessa forma, a teoria marxista diz que o burguês, dono da indústria, explora a mão de obra dos proletários. Estes aceitam por ser a única forma de subsistência que eles têm. Conseguinte, a elite enriquece explorando o trabalho do proletariado.

Em suma, para identificarmos a burguesia nos dias atuais, é necessário entendermos que essa classe social controla o capital. Isto é, são dominantes nas atividades comerciais, assumindo a posse das propriedades e do capital.

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Fontes: Politize, Brasil Escola, Toda Matéria e Educa Mais Brasil

Imagens: Brasil Debate, InfoEscola, Guia Estudo, Significados, Medium e Brasil de Fato

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