Cientistas têm um mistério nas mãos após identificarem espécies de lesmas-do-mar capazes de de decapitar a si próprias e formar um novo corpo a partir da cabeça. A pesquisa não fazem ideia de como ou por quê elas fazem isso
A questão foi levantada por pesquisadoras da Universidade Feminina de Nara, no Japão, que identificaram o fenômeno bizarro por sorte, ao ver em 2018 a cabeça de uma lesma boiando, sem corpo, em um tanque
Segundo elas, o animal é capaz de formar um novo corpo inteiro (incluindo um novo coração) em cerca de três semanas
"Acreditamos que esta é a forma mais extrema de autonomia e regeneração na natureza", afirmou Sayaka Mitoh, líder do estudo, ao site LiveScience
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"Um dia, encontrei um indivíduo da espécie com a cabeça e o corpo separados. Eu pensei que a pobre lesma morreria logo", completou a pesquisadora, que é estudante de doutorado da universidade
A lesma não apenas não morreu, como a ferida foi cicatrizada e dali saiu um novo corpo
"Pude ver as batidas do coração. Foi inacreditável", disse a pesquisadora na entrevista
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Em três semanas a lesma tinha um novo corpo, com novos órgãos vitais
O antigo corpo não gerou uma nova cabeça, mas continuou se mexendo por meses. Nem o coração parou de bater
O grupo de pesquisa ainda não sabe como a espécie consegue a façanha, mas suspeita da ação de células-tronco
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Também não se sabe o motivo para as lesmas separarem a cabeça do corpo. A suspeita é que envolva se livrar de parasitas que podem atrapalhar a reprodução
Outro detalhe descoberto: apenas as lesmas mais jovens são capazes de fazer isso
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A cabeça de uma espécime mais velha foi separada do corpo, sobreviveu por 10 dias, mas não gerou um novo corpo, provavelmente porque a operação envolve um grande gasto de energia
Uma das lesmas conseguiu o feito de gerar corpos por duas vezes, o que cientistas apostam que seja o limite da espécie
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