O argônio é um elemento pertencente ao grupo 18 da tabela periódica, possui o símbolo Ar e número atômico 18. Além disso, tem massa atômica relativa de 39,95, sendo o gás mais abundante do planeta.
A maior quantidade desse elemento encontra-se na mistura gasosa do ar atmosférico: cerca de 0,93% do volume do ar que respiramos é composto por ele. Vale lembrar que este gás tem uma grande utilização na conservação de materiais oxidáveis.
Portanto, devido à sua reatividade, e por possuir uma propriedade inerte, ele pode ser empregado na conservação e fabricação de vários materiais.
Além disso, a produção do argônio é natural, ocorre por meio do decaimento do isótopo de Potássio 40, o gás se desprende lentamente e vai para a atmosfera.
Utilizações do Argônio
Por causa de sua pouca reatividade, o argônio pode ser aplicado em peças de museus para conservar melhor as peças antigas. Podemos elencar outras propriedades, como:
Descoberta e características
Henry Cavendish notou a presença de outro elemento quando, em 1785, verificava a composição do ar. Este elemento tinha características semelhantes ao do nitrogênio, só que não sofria reação química e tinha maior densidade.
Portanto, naquele momento ele percebeu que se tratava de um novo elemento químico. Assim, somente em 1894, os cientistas Rayleigh e Ramsey, isolaram o argônio a partir da destilação do ar líquido, confirmando suas características.
Contudo, o seu nome está relacionado à característica de não reação, pois árgon, deriva do grego, significando inativo e preguiçoso. Neste sentido, o nome indica que o elemento é pouco reativo, o que representa ter inércia química.
Propriedades
O argônio é um gás nobre incolor, inodoro e inerte, a sua configuração eletrônica é 1s² 2s² 2p6 3s² 3p6. Além disso, o seu ponto de fusão é de 189,34°C e seu ponto de ebulição é de -185,84°C.
O seu número de oxidação é 0, mas em condições controladas reage com flúor, sob fotólise, formando fluoreto de argônio. Este composto foi descoberto pelo químico sueco, Helmut Durrenmstt em 2003.
O argônio não forma compostos estáveis a temperatura ambiente porque apresenta inércia química. A propósito, esse elemento é 0,5 vezes mais pesado em relação ao nitrogênio, característica apontada pro Cavendish.
Exposições e primeiros socorros
Em síntese, o aumento da concentração do argônio provoca queda de concentração de oxigênio. Assim, quando esta queda atinge, mais ou menos, 16% pode acarretar em sintomas como: distúrbios da coordenação motora, acelerar o pulso e a frequência respiratória.
No entanto, se a queda de oxigênio evoluir para 14%, o indivíduo sente-se cansado, com dificuldade para respirar e tontura e para 10%, sente náuseas, pode perder a consciência, e sentir dificuldades para se movimentar.
Para remediar essa exposição ao argônio em alta concentração, deve-se levar o indivíduo para uma local arejado e se houver contato com os olhos, lavar abundantemente com água e retirar lentes de contato.
Estocagem e manuseio
O argônio se configura como um gás completamente inerte. Apesar disso, ao manuseá-lo, é preciso ter cuidado, principalmente com a questão da estocagem, geralmente feita em cilindros que contém o gás. Portanto, a área de estocagem deve ser ventilada para evitar que fragmentos do elemento vaze e cause asfixia, por exemplo.
Por outro lado, em relação à sua estocagem, deve-se colocar os cilindros, onde não exista risco de contato com curto circuito. Ao utilizar cilindros de argônio, procure sempre fixá-los adequadamente, evitando quedas acidentais.
O argônio líquido deve ser somente armazenado em tanques criogênicos designados pra este fim. É importante salientar que no manuseio de argônio líquido, deve-se ter auxílio de uma pessoa treinada.
Aplicações medicinais do Argônio
Desde 1991, quando o argônio foi introduzido no campo da endoscopia, o elemento químico vem sendo utilizado em cirurgias convencionais, bem como em laparoscopias.
Nesse sentido, são inúmeras as aplicações endoscópicas do plasma de argônio em algumas doenças. Por exemplo:
Sangramento gastrointestinal das mais diversas etiologias; Crescimento tecidual após implante de próteses; Órgão ocos obstruídos por crescimento tumoral; No campo da cirurgia bariátrica.É importante salientar que no campo da cirurgia bariátrica, a aplicação de plasma de argônio (APA) pode contribuir na redução de peso pós-cirurgia.
Além disso, após a gastroplastia redutora, pode acontecer algumas complicações que são tratadas com a utilização da aplicação de plasma de argônio.
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Fontes: Toda Matéria, Mundo Educação, Brasil Escola, Info Escola
Imagens: Oxilumen, Ridimar, Hosp, Inf News, A Graça da Química, Pinterest e Oxiar
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