Você já ouviu falar em arquétipos? Esse conceito lhe é familiar? Você sabia que independente de você conhecer os arquétipos, eles influenciam a sua vida? Influenciam também a maneira que você enxerca e interpreta as outras pessoas. E mais, influenciam a maneira que as pessoas enxergam e interpretam você.
Sendo assim, é importante você conhecer os conceitos de arquétipos e utilizar eles ao seu favor, certo? Então vamos lá!
O que é arquétipo?
Arquétipo são modelos ideais que temos registrado na nossa memória.
Por isso se chama arquétipo, derivado do grego. Pois “arché” significa principal ou princípio e “tipós” significa impressão. Ou seja, primeira impressão, modelos ideais registrados na nossa memória.
Sendo assim, as ideias que as pessoas possuem do herói, guerreiro, ladrão, a mãe, a bruxa etc., são praticamente as mesmas.
Portanto, essas ideologias existem e se assemelham mesmo em lugares diferentes, com culturas, religiões e crenças divergentes.
Ainda sem entender? Para simplificar um pouco, vamos falar de animais.
Animais são figuras arquetípicas. Nós associamos á imagem dos animais com certos padrões de comportamento. Como por exemplo, o cachorro.
Ao ver um cachorro, nossa primeira impressão é um animal fiel, companheiro e melhor amigo do homem. Isso é algo que surge automaticamente na nossa cabeça, isso é um arquétipo.
O conceito de arquétipo foi criado pelo psicólogo suíço Carl Gustav Jung, um discípulo de Freud, por volta de 1919.
Para ele, o conceito se refere às imagens primitivas inseridas no inconsciente coletivo desde o princípio da existência, que ajudam a explicar histórias passadas, vividas por outras gerações. Ou seja, atuam como fonte primordial para o amadurecimento da mente.
Um exemplo disso é a imagem da figura materna, que transmite os mesmos valores de porto seguro, carinho e amor para um brasileiro e um chinês, apesar de todas as diferenças entre as duas culturas.
Ou seja, isso se deve à uma imagem primitiva construída no passado, que ainda estão presentes no inconsciente da maioria das pessoas.
Fonte: Wikipédia O arquétipo como percepção de si e do outro
Além do arquétipo como padrão de comportamento, existe um segundo conceito. Esse conceito mostra uma maneira de compreender você e os outros.
Como visto anteriormente, os arquétipos influenciam a maneira que as pessoas enxergam você e como você enxerga as pessoas.
Por exemplo, a figura do animal leão nos traz uma ideia de rei, forte e que domina. Por isso, associamos esse tipo de comportamento com o signo de Leão, que representa uma pessoa dominante.
Portanto, essa ideia que temos do leão é uma figura arquetípica. E ao trazer essa figura arquetípica a público, muitas pessoas vão se identificar com esses modelos e encontrar semelhanças consigo mesmas ou com indivíduos próximos.
Fonte: Amor Tranquilo Arquétipos na genética
A terceira e última forma de Jung associar o arquétipo é na genética.
Jung acredita que nosso organismo está diretamente ligado às nossas vivências, então, é impossível não pensar no desenvolvimento de um sem o outro.
Sendo assim, ele acredita que os arquétipos seriam parte do “passado mental” que uma pessoa recebe quando nasce.
Como parte desse processo é realizado pelo código genético, é possível dizer que existe sim uma relação entre os arquétipos e a genética.
Outros estudiosos, como Joseph Campbell, também acreditam que o arquétipo está no corpo do ser humano, assim como outros órgãos essenciais para o funcionamento da vida.
Fonte: Olhar Digital
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×Tipos de arquétipo
Jung conseguiu mapear 12 tipos de arquétipos ao estudar o inconsciente coletivo.
A maioria se não todas as pessoas têm vários arquétipos em jogo na construção da sua personalidade, no entanto, um arquétipo tende a dominar a personalidade em geral. Sendo eles:
O inocente:O inocente vive buscando adequar seu estilo de vida a um modo mais natural e simples, de modo que possa exercer a sua plenitude e vivenciar o paraíso.
Eles costumam não ver maldade nos outros, ou seja, todo mundo é bom até que se prove o contrário.
O Explorador:O Explorador é um perfil inquieto e que busca produtos que auxiliem na sua jornada, ou seja, para ele só é útil aquilo que vai torná-lo livre, independente e que não sejam produtos de rotina.
Não tolera as regras e amarras da vida moderna, estas pessoas buscam a sua individualidade pelo mundo e não deixam que a rotina tome conta.
O Sábio:Buscar a verdade suprema que vai libertá-lo e viver plenamente é o objetivo do Sábio. Através do conhecimento de processos e dos fluxos de informação ele deseja controlar, mensurar, avaliar e validar.
É o arquétipo especialista, porém metódico e detalhista.
Ele se identifica com marcas/produtos que instiguem sua criatividade, aptidões intelectuais e tudo o que o faça pensar e raciocinar.
O Herói:Um perfil de consumidor que é dinâmico, veloz e ágil.
As marcas que pretendem explorar este arquétipo precisam oferecer produtos que estejam ligados à aptidões e competências, ou que ofereçam desafios ligados ao perigo e à velocidade.
Portanto, o herói é disciplinado e tem orgulho disso, foca seus esforços em ser sempre o melhor.
O Fora da Lei:Fiel a seus próprios valores, e não aos valores vigentes.
O fora da lei é um ser carente por natureza, ele precisa chamar atenção para si, mesmo que para isso seja preciso cometer crimes, chocar e humilhar.
Portanto, seu comportamento é sarcástico e cínico, para tentar desequilibrar a situação e ter o poder a seu favor.
O Mago:Utilizando-se de conhecimentos que não podem ser explicados com números, ou por meio de fórmulas.
Em seu caldeirão de poções, estão pitadas de religião, tecnologia, ciência e, claro, de magia.
A figura do mago pode ser associada a produtos que curam algo, ou que são relaxantes, ou até mesmo os que são altamente tecnológicos pela sua capacidade de catalisar mudanças.
Cara Comum:Frequentemente associado aos sentimentos amenos e tranquilos, estas pessoas não expõem suas convicções.
Elas não querem se destacar, e sim se enquadrar num esquema comunitário em que se sintam parte integrante de maneira efetiva.
Correm sempre o risco de manipulação ao seguirem o grupo, muitas vezes anulando suas vontades e desejos.
Bobo da Corte:Trata-se de um arquétipo muito verdadeiro, que não está preocupado em se esconder no grupo.
Ele quer sim ser aceito, no entanto ele precisa que o grupo o aceite como ele é, com seu jeito espontâneo e brincalhão. Esta é sua maneira de encarar a vida.
O amante:Caracteriza-se pelo culto ao belo e pela valorização do romance e do sexo, através da invocação de tudo o que manifeste a atração física e a admiração corporal.
Portanto, o amante evoca também a elegância, o lúdico e o erótico além de diversos prazeres efêmeros.
Criador:Qualquer atividade de cunho artístico é útil na satisfação do desejo de harmonia e de estabilidade desse arquétipo.
O reconhecimento dos seus feitos também é importante para ele.
Outro interesse do criador é a tecnologia, pois tudo que há de mais moderno é digna de sua atenção.
Governante:O Governante está no comando e no controle sempre.
É típico de ser mostrado como indivíduo extremamente responsável, que joga com muitas responsabilidades importantes.
Portanto, ele pode ser resumido em termos de responsabilidade, competência e soberania e, sendo um tanto mais ambicioso.
Prestativo:O Prestativo é um altruísta, movido pela compaixão, pela generosidade e pelo desejo de ajudar os outros.
Ele teme a instabilidade e a dificuldade, não tanto por si mesmo, mas pelo impacto sobre as pessoas menos afortunadas ou menos resistentes aos choques.
Fonte: Medium
Os arquétipos na publicidade
Os 12 arquétipos definidos por Jung, querendo ou não, formam um possível perfil de consumidor.
Sendo assim, ao traçar os 12 arquétipos junguianos, é possível construir os prováveis produtos e marcas que interessam cada perfil.
Um exemplo disso são marcas de bicicletas famosas, que são associadas á um estereótipo de rebeldia. Esse estereótipo é característica do perfil arquétipo Os Foras da Lei.
Deu pra perceber a coincidência?
Por isso, o poder da persuasão está presente nos arquétipos, pois eles podem ser ferramentas excelentes na hora de convencer uma pessoa a comprar determinado produto/serviço.
Contudo, toda essa comunicação deve estar no terreno de persuasão. Caso contrário, pode gerar uma polêmica, como vamos ver a seguir.
Uso de mensagens subliminaresTambém existe uma polêmica nos usos de mensagens subliminares nas propagandas. Pois como visto anteriormente, os arquétipos são representações que fazem parte do nosso inconsciente, e que pela maioria das vezes, nem sabemos como foi parar lá.
Por isso se compara muito com mensagens subliminares, impostas no nosso subconsciente sem nem vermos.
Por exemplo, se uma marca deixa alguma informação escondida em um comercial, sem se dar conta, acaba fazendo algum tipo de associação positiva com o produto, assim incentivando a compra.
E é aí que mora o perigo. Essa mensagem subliminar pode ser considerada como manipulação, e não como persuasão.
Fonte: Sem Rush
A importância dos arquétipos em nossas vidas
Você já passou por alguma entrevista de emprego em que o psicólogo perguntou qual animal você seria se fosse possível?
Quando ele te faz essa pergunta, ele está querendo saber quais são as características arquetípicas da sua personalidade.
Sendo assim, é importante saber o são arquétipos, pontos positivos e negativos, e assim utilizar eles ao seu favor.
Seja Herói ou Explorador, seja leão ou cachorro, o mais importante disso tudo, é saber que um conceito desenvolvido anos atrás ainda está presente em nossa realidade.
Agora que você aprendeu tudo sobre arquétipos e o tanto que são importantes em nossas vidas, saiba mais sobre a Diversidade Cultural.
Fontes: Sbcoaching, InfoEscola, Estudo Prático, Holistik
Fonte Imagem Destacada: iPlace
Essa matéria Arquétipos – O que é, conceito, tipos e importância em nossas vidas foi criada pelo site Conhecimento Científico.
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